ESPONDILOLISTESE E ESPONDILÓLISE
- DRA. LUCIANA SELVAGGI
- 15 de nov. de 2017
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Imagens de Ressonância magnética no plano Sagital nas ponderações T2 e T1 (A e B). Espondilólise bilateral em L5.
DIAGNÓSTICO
Na imagem temos uma anterolistese grau I de L5 / S1, secundária a espondilólise bilateral de L5.
DEFINIÇÃO
O termo espondilolistese significa literalmente “escorregamento vertebral” (do grego spondilo, que significa vértebra, e listese, que significa deslizar). Trata-se de uma condição patológica onde há o escorregamento de um corpo vertebral em relação à outro corpo vertebral (Fig 1.).
Aproximadamente de 3 a 6% da população em geral sofre com esta afecção e, o nível vertebral mais comumente acometido é o da vértebra L5.
Na maioria dos casos, este problema é ligado a uma fratura (espondilólise) em ambos os lados de uma estrutura conhecida como par articular, que trata-se da ligação entre o corpo e a parte posterior do arco vertebral.
Este defeito pode ocorrer na forma adquirida (após uma patologia ou mesmo após estresse agudo ou crônico – como por exemplo em atividades esportivas onde haja necessidade constante de hiperextensão da coluna) ou na forma côngenita (defeito de nascença). Por outro lado, há a forma degenerativa que ocorre um escorregamento vertebral, porém, sem fratura da par articular. Aqui, a degeneração do disco e articulações facetárias podem acarretar a alteração de posicionamento.
Além das variadas causas, a espondilolistese pode apresentar-se em diversas intensidades. Desde um leve escorregamento (de 0-25%) onde o tratamento Fisioterápico é fortemente indicado, até um completo escorregamento (75-100%) (Fig 2.) acompanhado de déficits neurológicos (já que neste caso o corpo vertebral “estrangula” parte das raízes nervosas que passam por dentro da coluna, ou mais precisamente a cauda equina) onde há uma indicação absoluta para procedimento cirúrgico.
FIG 1. Graus de espondilolistese.


Fig 1. Evolução da falha no par articular Fig 2. Graduação da espondilolistese.
e consequente espondilolistese.
QUADRO CLÍNICO
Os sintomas, portanto, podem variar entre dores lombares até alterações de sensibilidade e controle motor que incapacitem o indivíduo de realizar tarefas aparentemente simples como andar ou conter sua urina .
Quando o escorregamento é mais leve e há a indicação de tratamento fisioterápico, o conhecimento de estratégias de tratamento que evitem a evolução do caso torna-se necessário.